domingo, 10 de abril de 2016

Introdução do chá na Inglaterra

Hi folks!
Que tal conhecer um pouco a história do chá na Inglaterra?

Dona Catarina Henriqueta de Portugal casa-se com o Rei Carlos II da Inglaterra. Não foi uma rainha popular na Inglaterra por não ter descendência e por ser católica, o que a impediu de ser coroada , mas uma infanta nascida e criada no seio de uma família real ilustre, culta; educada nos costumes e hábitos tradicionais portugueses, não podia deixar de ter uma influência indelével na nação que, apesar de tudo, a não acolhera. Assim, entre muitos hábitos e práticas que levou, ficará, para sempre, como a responsável pela introdução do chá em Inglaterra.

Natural da China, o chá foi introduzido na Europa pelos portugueses no século XVI. Assim, esse foi um hábito que Dona Catarina levou de casa e que continuou a seguir na Inglaterra, organizando reuniões de senhoras a meio da tarde na qual se bebericava a famosa e reconfortante bebida.

O hábito de beber chá já existiria, num período em que a Companhia das Índias Orientais  o vendia abaixo do preço comercializado pelos Holandeses e o anunciava como uma panaceia para a apoplexia, epilepsia, catarro, cólica, tuberculose, tonturas, pedra, letargia, enxaquecas e vertigem – um verdadeiro cura tudo e mais alguma coisa - mas foi Dona Catarina de Bragança que o transformou na “instituição” que os ingleses hoje conhecem por “Chá das Cinco”, o tão famoso quanto imprescindível “five o’clock tea“.

Além do chá, Dona Catarina de Bragança deixou, também, o costume do consumo da geleia de laranja. A compota de laranja que os ingleses designam de “marmelade”, usando, erroneamente, o termo português marmelada, foi levada pela Infanta portuguesa que recebia regularmente as remessas de cestas de laranjas enviadas pela mãe, algumas das quais azedavam na viagem. Dona Catarina conservara o costume português de fazer compotas e, curiosamente, a Rainha da Inglaterra servia a sua vingançazinha ao guardar a compota de laranjas doces para si e para as suas damas de companhia e amigas e a de laranjas amargas para as inimigas, particularmente, para as concubinas reais.

Mas a revolução cultural que Dona Catarina operou na Corte inglesa não ficou por aqui. Também lá introduziu o uso dos talheres – pois antes disso os ingleses, mesmo a realeza e a aristocracia mais fina, comiam com as mãos, levando os alimentos à boca com três dedos (polegar, indicador e médio) da mão direita. Apesar de o garfo já ser conhecido, só era usado para trinchar ou servir, ora na Corte Portuguesa, que à época ditava o bem ser, Catarina estava habituada a utilizá-lo para levar os alimentos à boca e, em breve, todos começaram a seguir o exemplo da rainha em Inglaterra.

Também foi Dona Catarina a introduzir o tabaco em Terras de Sua Majestade e em breve todos os ingleses passaram a andar de caixinha de rapé no bolso do colete.

Há já muito tempo que, em Portugal, se utilizavam pratos de porcelana para comer, diferentemente da Inglaterra, onde a realeza comia em pratos de ouro ou de prata, muito menos higiénico. Como a Infanta de Portugal utilizava ‘fine china”, a partir de aí, o uso de louça de porcelana generalizou-se, também, por lá.

Era hábito na Corte portuguesa os saraus em que se ouvia ópera. Como Dona Cataraina levara no seu séquito uma orquestra de músicos portugueses,  foi por sua mão que se ouviu a primeira ópera em Inglaterra, legando dessa forma mais uma importante herança cultural.

Bravo, Dona Catarina, pelo enorme legado que deixou aos ingleses!

Fonte: https://plataformacidadaniamonarquica.wordpress.com/2015/04/01/d-catarina-de-braganca-o-cha-das-cinco-e-muito-mais/

 
E lá vamos nós em julho... Fancy a cuppa?


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